Nova sacolinha biodegradável reduz
impacto do plástico, diz Greenpeace.
Os
consumidores vão precisar se acostumar com novas opções para carregar as
compras do mercado. Uma delas são os próprios sacos de plástico, mas feitos com
material renovável, como milho, e que degradam mais rápido que a sacola
regular, feita com derivados de petróleo. Eles serão vendidos nas cadeias de
supermercado que optaram por substituir o saco comum.
Enquanto o
tempo de decomposição de uma sacola regular é de mais de 100 anos, as
biodegradáveis duram apenas dois anos, segundo fabricantes. Caso sejam tratadas
em usinas de compostagem, elas podem degradar em 180 dias, afirmam os
produtores.
"São
duas possibilidades infinitamente melhores que a sacola convencional, que leva
centenas de anos para se decompor. Além disso, a produção dessas sacolas vai
usar menos combustível fóssil, ou seja, vai ser menos poluente”, avalia Sérgio
Leitão, diretor de campanhas do Greenpeace Brasil.
A diferença
pode gerar um impacto considerável, avalia Leitão, já que as sacolas plásticas
são responsáveis pela morte de um milhão de aves marinhas e de 100 mil
tartarugas por ano, que confundem o material com alimento. Os dados são do
Greenpeace. Além disso, elas geram impermeabilização do solo dos lixões,
dificultando o processo de decomposição do lixo, de acordo com dados da
campanha Saco é um Saco, do Ministério do Meio Ambiente (MMA).
Atualmente,
são distribuídas 1,5 milhão de sacolas plásticas por hora no Brasil, ou cerca
de 13 bilhões por ano, segundo a campanha do MMA.
Estudo
A diferença
no tempo de degradação das sacolas está sendo estudado pelo Instituto de
Pesquisas Tecnológicas (IPT), ligado à Universidade de São Paulo. Desde outubro
de 2011, estão sendo avaliados quatro tipos diferentes de embalagem:
polietileno comum (a sacola tradicional de plástico), polietileno com aditivo
para degradação, papel e TNT (um tipo de saco retornável).
Elas ficarão
expostas a sol, chuva e vento durante um ano, simulando condições de abandono
das sacolas no meio urbano. “Embora existam muitos artigos sobre isso, não há
muitas pesquisas nas condições brasileiras. Nós vimos a necessidade de fazer
esse estudo para tentar ajudar a esclarecer um pouco esse assunto”, diz Mara
Dantas, pesquisadora do laboratório de Embalagens do IPT.
Fonte: G1.globo.com
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