O desmatamento nas florestas brasileiras começou desde a chegada dos portugueses ao nosso país, no ano de 1500. Interessados no lucro com a venda do pau-brasil na Europa, os portugueses iniciaram a exploração da Mata Atlântica. As caravelas portuguesas partiam do litoral brasileiro carregadas de toras de pau-brasil para serem vendidas no mercado europeu. Enquanto a madeira era utilizada para a fabricação de móveis e instrumentos musicais, a seiva avermelhada do pau-brasil era usada para tingir tecidos.
Desde então, o desmatamento em nosso país tornou-se uma ação constante. Depois da Mata Atlântica, foi a vez da Floresta Amazônica sofrer as conseqüências da derrubada ilegal de árvores. Em busca de matéria prima, indústrias madeireiras instalaram-se na região amazônica para fazer a exploração ilegal da maior floresta do mundo. Um relatório divulgado pela WWF (ONG dedicada à proteção ambiental) no ano de 2000, apontou que o desmatamento na Amazônia já atingia 13% da cobertura original. Os dados atuais são de 17% de desmatamento – 700 mil km², área equivalente a Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo somados. A maior parte foi transformada em madeira, carvão e grãos para saciar a demanda de mercados nacionais e internacionais. O caso da Mata Atlântica é ainda mais trágico, pois apenas 9% da mata sobreviveu à cobertura original de 1500. Mesmo com a dolorosa destruição provocada pelo homem, a Amazônia ainda é a maior extensão contínua de floresta tropical do mundo.
Embora os casos da Floresta Amazônica e da Mata Atlântica sejam os mais problemáticos, o desmatamento ocorre nos quatro cantos do país. Além da derrubada predatória para fins econômicos, outras formas de atuação do ser humano tem provocado o desmatamento, como a derrubada de matas nas chamada frentes agrícolas. Para aumentar a quantidade de áreas para a agricultura, muitos fazendeiros derrubam quilômetros de árvores para a prática do plantio.
O desmatamento em determinadas regiões com o clima seco pode provocar o processo de desertificação (formação de desertos e regiões áridas). Este processo vem ocorrendo no sertão nordestino e no cerrado de Tocantins nas últimas décadas.
Outros pontos que contribuem para a perda de ecossistemas são:
- Urbanização:
O crescimento das cidades também tem provocado a diminuição das áreas verdes. O crescimento populacional e o desenvolvimento das indústrias demandam áreas amplas nas cidades e arredores. Áreas enormes de matas são derrubadas para a construção de condomínios residenciais e pólos industriais. Rodovias também seguem neste sentido. Cruzando os quatro cantos do país, estes projetos rodoviários provocam a derrubada de grandes faixas de florestas.
- Queimadas:
Outro problema sério que provoca a destruição do verde são as queimadas e incêndios florestais. Muitos deles ocorrem por motivos econômicos. Proibidos de queimar matas protegidas por lei, muitos fazendeiros provocam estes incêndios para ampliar as áreas para a criação de gado ou para o cultivo. A prática de soltar balões também é um ato cruel e o maior causador de incêndios florestais no país. Muitos incêndios ocorrem também por irresponsabilidade de motoristas: bombeiros afirmam que alguns incêndios tem como causa inicial as pontas de cigarros jogadas nas beiradas das rodovias.
Pelo mundo:
Claro que este não é um problema exclusivo do nosso país. No mundo inteiro o desmatamento ocorreu e ainda está ocorrendo. Nos países asiáticos, como na China, quase toda a cobertura vegetal foi explorada. Estados Unidos e Rússia também destruíram suas florestas com o passar do tempo por conta de práticas do setor industrial.
Ações contra o desmatamento:
Embora todos estes problemas ambientais estejam ainda ocorrendo, verifica-se uma diminuição significativa em comparação ao passado. A consciência ambiental das pessoas está alertando para a necessidade de uma preservação ambiental. Governos de diversos países e ONGs de proteção ambiental tem atuado no sentido de criar legislações mais rígidas e uma fiscalização mais atuante para combater o crime ecológico.
As matas e florestas são de extrema importância para o equilíbrio ecológico do planeta Terra e para o bom funcionamento climático. Espera-se que, ainda no início deste novo século, o homem tome consciência destes problemas e comece a perceber que antes do dinheiro está a vida de nosso planeta e o bem-estar das gerações futuras. Nossos descendentes têm o direito de viver num mundo melhor.
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